quinta-feira, 7 de março de 2013

O exemplo do Coritiba, que tirou faixas de uniformizadas, deve ser seguido pelo Palmeiras. Ou a Mancha acabará com o clube

Por Paulo Vinícius Coelho

A relação das torcidas uniformizadas do Palmeiras com a nova diretoria começou meio torta. As torcidas, assim no plural, pediram ajuda para o transporte para os jogos fora de casa. A diretoria negou. É provável que o ataque aos jogadores do Palmeiras no AeroPark, em Buenos Aires, tenha sido represália à recusa. O clube diz que quem conseguir chegar aos jogos como visitante terá ingresso. Mas não o transporte -- nem ingresso em jogos dentro do Pacaembu.

O certo é não ter nada! 

É comprar ingresso ou ser sócio-torcedor e a polícia cumprir rigorosamente o lugar marcado no bilhete. 
Sabe por que não se cumpre o lugar marcado no ingresso? Porque o Ministério Público manda vender ingresso na quadra de torcida uniformizada, no caso da Gaviões. E a polícia dificulta a fiscalização do que é meia entrada ou entrada inteira, no caso de outras torcidas. 

Não sou contra a extinção das torcidas.
 
Sou a favor da prisão dos bandidos, a única coisa não testada até hoje. 

Se aplicar as duas coisas, melhor.

Quando o Coritiba perdeu seus mandos de campo depois da batalha campal contra o Fluminense, em 2009, e a nova diretoria tomou posse, a primeira providência foi expulsar torcidas uniformizadas. Expulsar, em termos. A diretoria do Coxa proibiu entradas de camisas e faixas de torcedores. A punição durou o primeiro ano e a relação voltou a ser mais próxima.
Mas a direção do Coritiba segue dizendo que as torcidas só entram com faixas e camisas seguindo algumas ordens: 1. para cada bandeira de torcida deve haver uma bandeira do clube; 2. o clube não dá dinheiro, passagem, óleo diesel nem qualquer subsídio para os torcedores.

Neste momento, a única coisa possível ao Palmeiras é repetir o que o Coritiba fez. 

Ou encerrar suas atividades no futebol. Se todos os jogadores do Palmeiras forem à Justiça pedindo anulação de seus contratos alegando falta de segurança no trabalho, podem fazer.

Só para lembrar: as torcidas uniformizadas do Palmieiras,nos últimos cinco anos, agrediram Vágner Love (foi embora), Vanderlei Luxemburgo (foi embora), hostilizaram Diego Souza (foi embora), bateram em João Vítor (foi embora), agrediram Fabinho Capixaba, que nem joga, cortaram a orelha de Fernando Prass, em Buenos Aires...

Quem quer jogar no Palmeiras? O Paulo Serdan? 

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